O Sorriso Que Espalhará Centenas Mais
Quando Adahara nasceu com uma fissura em Chacaltianguis, no México, ninguém no hospital sabia o que fazer - mas isso não os impediu de tentar. No entanto, mesmo na confusão do momento, sua mãe, Dora Lina, recebeu conselhos ruins quando procurou atendimento e informações sobre a condição de seu novo bebê em outro lugar. Felizmente, a cunhada de Dora Lina sabia algo que a equipe do hospital não sabia: a fissura de Adahara poderia ser tratada ... a oito horas de distância, na Cidade do México.
Sua família via a distância como um obstáculo menor e fez a viagem muitas vezes nos anos seguintes para fazer cinco cirurgias e mais tratamentos, como a fonoterapia. O acesso a um atendimento de qualidade para a fissura de Adahara possibilitou uma infância como outra qualquer, cheia de brincadeiras, música, dança, amigos e diversão. Isso lhe deu confiança para se tornar uma campeã de ginástica e ser sempre a primeira a levantar a mão na aula, independente do que a professora pedisse.
“Meus professores sempre disseram à minha mãe que eu era uma menina que falava muito na aula”, ela ri.
Embora ela tivesse muitos amigos, algumas crianças ainda zombavam dela pelo jeito que ela falava e parecia. Ela também passou muito tempo no hospital e não há nada como estar em um hospital para fazer você apreciar a sorte que você tem.
Embora sua família pudesse lhe dar toda a atenção de que precisava, a sala de espera do hospital sempre estava cheia de outras crianças que ela sabia que nunca poderiam falar tão claramente ou sorrir tão alegremente como ela, para quem o bullying não passa despercebido, e pode ser um tema dominante em suas vidas. Adahara ansiava por ser capaz de estender a mão para ajudá-los de qualquer maneira que pudesse. Essa vontade a levou a querer ser médica, mas não qualquer médica, uma que trabalhasse para ajudar à Smile Train.
“Estou inspirada pelo modelo da Smile Train de capacitar profissionais de saúde locais para fornecer atendimento de alta qualidade a pacientes com fissura em suas próprias comunidades”, disse ela. “Quando os especialistas locais atendem os pacientes, eles recebem melhor atendimento e acompanhamento do que as organizações baseadas em missões. Alguns desses médicos nem voltam, então nunca saberão o que aconteceu com seus pacientes, que, é claro, também ficam com o tratamento incompleto”.
Adahara Gallery
Ela já está a caminho de atingir seu objetivo, pois está cursando a faculdade de medicina, concluindo a residência em audiologia para ajudar as muitas crianças que apresentam dificuldades auditivas devido às fissuras.
“No México, ainda existem muitos casos de crianças e adultos com fissuras que não foram operados e nem todos têm condições de fazer um bom acompanhamento do tratamento de que necessitam. Quero ser médica parceira da Smile Train para poder ajudar o maior número de pessoas a receber o mesmo atendimento que recebi para que elas também possam realizar seus sonhos”.
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